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REGRAS GERAIS DE SEGURANÇA
Friday, 18 July 2008 11:00

No voo em terra (regras válidas também para dentro de água):

  • em_terra_copy.jpgEvitar a proximidade de pessoas e/ou animais, linhas eléctricas e outros obstáculos a Sotavento. Se for o caso de haver obstáculos, estes deveram estar a uma distância de segurança de pelo menos 100 metros.
  • Saber que cada kite tem a sua própria amplitude de vento e desta forma só pode voar entre determinadas forças de vento.
  • Não voar o kite sob más condições atmosféricas (trovoadas, nuvens de desenvolvimento vertical e passagem de frentes frias).
  • Nunca usar sistemas que prendam a barra ao arnês (tipo mosquetão). Usar sempre sistemas de quick-release funcionais.
  • Quando o kite perde a sustentação (front stall ou back stall), NUNCA segurar nas linhas de voo.
  • Nunca voar com vento off-shore sem a presença de barco de apoio.
  • Nunca subestimar a força do kite.
  • Não socorrer outros riders com o próprio kite a voar: uma situação complicada para um rider pode tornar-se muito complicada para dois.
  • Ter consciência que o relevo (obstáculos naturais ou artificiais: falésias, dunas, prédios) modificam o vento ao seu redor: a barlavento o vento acelera e muda de direcção e a sotavento fica turbulento/inconstante.
  • Evitar voar perto de obstáculos que possam modificar o comportamento do vento.



em_terra_3.jpgNa descolagem do kite:

  • Ao conectar as linhas ao kite, verificar SEMPRE se estas estão colocadas correctamente.
  • O uso do leash de segurança da barra é OBRIGATÓRIO para que, caso a barra seja solta o kite permaneça perto do rider.
  • Avisar sempre as pessoas que estão por perto, no momento da descolagem do kite, especialmente as pessoas que estão dentro da janela de vento, ou seja, dentro do raio de acção do kite.



Na aterragem do kite:

  • em_terra_2_.jpgBaixar/pousar o kite apenas nas mãos de alguém que saiba como segurá-lo. (Pessoas que seguraram nas linhas de voo ou no bordo de fuga já causaram graves acidentes).
  • Se não existir nenhuma pessoa capacitada para o ajudar a aterrar o kite, é preferível aterrar o kite em terra (areia livre de obstáculos) ou na água e recolhê-lo através de uma só linha, certificando-se que não se encontram pessoas por perto.
  • Atenção à área de aterragem do kite, deve estar limpa de objectos cortantes para não danificar o material.



No voo dentro de água:no_mar.jpg


  • Verificar e reverificar a montagem das linhas antes de colocar o kite a voar.
  • Antes de colocar o kite a voar verificar se a direcção do vento está estável e numa direcção segura e se não existem grandes variações na sua velocidade devido á existência de turbulência a barlavento ou à passagem de frente frias e/ou nuvens de desenvolvimento vertical (cúmulos congestus ou cumulunimbos).
  • Não usar 'leash de surf elástico' na prancha. Se usar deverá ser o apropriado para o Kitesurf (extensível e retráctil) e preso ao arnês e não à perna.
  • Especialmente em condições de vento inconstante, o kitesurfista deve ir imediatamente (em segurança) para água após descolarem o kite.
  • Mantenha-se perto de água ou no momento do lançamento do kite, do lado da janela que estiver mais perto do mar, ou seja, com vento da direita, manter o kite do lado direito, até entrar para dentro de água.
  • Mesmo para um rider com muita experiência, NUNCA entrar sozinho para o mar com vento off-shore ou side-off-shore, sem apoio de um barco apropriado para salvamento caso haja necessidade.
  • NUNCA exceder uma distância da costa que não possa ser percorrida a nado.
  • NUNCA continuar a navegar depois de se sentir cansado e/ou com frio, (o cansaço e o frio faz reduzir a capacidade de raciocínio e para além disso pode causar hipotermia). Os graves acidentes acontecem muitas vezes nestas condições.
  • Caso o kite caia na rebentação das ondas e não consiga fazer o relançamento, largue a barra e o "leash de segurança" da barra, evitando assim ser arrastado por debaixo de água e também danificar o kite.
  • Caso o kite caia e não consiga relançá-lo, nunca nade em direcção a este sem primeiro enrolar as linhas na barra (Em primeiro a linha de segurança para imobilizar o kite e de seguida as restantes linhas)
  • Quando tem dúvidas em relação à segurança do local para a prática do Kitesurf, não arrisque. Mais vale prevenir que remediar.
  • Ter noção das próprias capacidades técnicas e físicas. O excesso de confiança é prejudicial.
  • Caso o kite caia na água, o rider não consiga fazer o relançamento e está a ser arrastado para fora da costa por um agueiro (tipo de corrente marítima existente nas praias) estando vento que aproxime o rider do seu próprio kite, deve enrolar as linhas na barra de modo a que estas não fiquem enroladas no próprio corpo para possibilitar a natação. Se o próprio kite estiver a complicar a natação deve libertá-lo (mesmo que cortando as linhas).
  • Nunca em caso algum tentar vencer frontalmente, nadando contra a corrente de um agueiro, isso só irá esgotar as suas energias inutilmente. Deve pois nadar calmamente paralelamente à praia, economizando esforços e não se preocupando por estar a ser arrastado para fora, porque depois da rebentação a corrente dissipa-se saindo do agueiro e de seguida nadando (aproveitando mesmo a ondulação), voltará a terra.  Se as ondas o permitirem, deve “apanhá-las” de forma a ser mais fácil e rápido o regresso à costa.
  • No caso das suas capacidades físicas e/ou de natação serem reduzidas ou já estar sem forças, procurar apenas controlar a respiração, manter-se a flutuar e assinalar periodicamente a sua posição acenando com os braços e/ou com a barra, para facilitar a sua localização pelos meios de salvamento.
  • No caso de estar perante um incidente desta natureza deve alertar ou fazer alertar de imediato o nadador salvador ou o 112 e Capitania mais próxima caso se trate respectivamente de praia vigiada ou não vigiada.
  • Se disponível lance à pessoa em causa qualquer auxiliar de flutuação bóia, colete, prancha, etc.
  • Execute, ou distribua a um companheiro a tarefa de manter o acidentado sob observação à medida que se afasta, eventualmente aproveitando qualquer ponto elevado próximo e meios de observação (binóculos) se disponíveis.
  • Apesar do dever universal de assistência e socorro a todos os utilizadores do Domínio Público Marítimo (DPM), deve apenas desenvolver iniciativa individual na tentativa de salvamento se tiver as capacidades físicas, anímicas e conhecimentos mínimos face às condições existentes. Caso decida desenvolver uma tentativa de salvamento procure auxiliar-se com qualquer meio de flutuação apropriado e barbatanas quando familiarizado com o seu uso (e óculos/máscara/tubo de snorkel se disponíveis consoante o caso de resgate). A utilização de uma asa de Kitesurf para produzir deslocamento no mar pode ser o meio de resgate mais rápido e eficaz mas deve ser efetuado com conhecimento e capacidades físicas adequadas, combinando com um observador em terra sinais expeditos para o poder auxiliar na progressão até ao náufrago. O alerta ao ISN é prioritário a quem o possa fazer.


  • Material aconselhado para a prática segura de Kitesurf e obrigatório em aulas de aprendizagem

    • Colete de flutuação em plano de águas paradas, em mar "flat" e de pequena e média ondulação. Em mar com ondulação acima de 1,5 a 2,5 metros é aconselhado avaliação mais cautelosa das capacidades físicas e uso de colete de menor flutuação por forma a facilitar o mergulho por baixo da onda se necessário. Nestas últimas condições o colete de flutuação, ainda que garantindo a flutuação e retorno à praia mais breve, torna mais prolongado o tempo de apneia entre ondas pelo arrasto.
    • Capacete, que não perturbe a visão periférica.
    • No caso da prática de Kitesurf em águas frias (15-22ºC) ou muitos frias (<15ºC), é aconselhado o uso de fato de neoprene com uma espessura suficiente para manter a temperatura corporal durante a sessão e vestuário de proteção ao vento e gelo impermeável e transpirável no Snowkite. Em caso de acidente, a permanência na água por períodos superiores ao previsto conduzem diretamente a uma maior perda de calor corporal e predisposição à hipotermia, devendo esta ser sempre considerada aquando da escolha do material protetor.
    • Usar sempre sistemas de libertação da asa do tipo "quick-release" funcionais.
    • Em aulas, é obrigatório o ensaio prévio de natação como forma de avaliação das capacidades físicas do instruendo.
    • É aconselhado o uso de faca (tipo gancho) no arnês ou num local que seja de fácil acesso.

    A segurança nos Kitesports está cargo de todos!

     

     

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